Cidade MOBILIDADE URBANA Frota de veículos já é maior que toda a malha viária de Fortaleza - Barroquinha Verdade
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domingo, 19 de janeiro de 2014

Cidade MOBILIDADE URBANA Frota de veículos já é maior que toda a malha viária de Fortaleza



Mobilidade urbana é um dos principais desafios enfrentados hoje pelas capitais brasileiras. Em Fortaleza, tentar se locomover a qualquer hora do dia, sobretudo próximo aos grandes centros comerciais, se tornou um verdadeiro exercício de paciência. Mas afinal, qual espaço das ruas os veículos tomam? Se todos saíssem ao mesmo tempo, não só ocupariam toda a malha viária da Capital como faltaria asfalto para dar conta. O destaque é para os automóveis, principais responsáveis pelos congestionamentos. Eles correspondem a 52% da frota e, se fossem às ruas simultaneamente, ocupariam 70% das vias.

A Avenida Washington Soares é uma das vias da cidade com maior fluxo de veículos. Foto: Kid Júnior
Em segundo lugar no ranking estão as motos, que tomariam 16% do asfalto, seguidas das caminhonetes (12%) e camionetas (6%). Chama atenção a gritante discrepância em relação ao transporte coletivo. Apesar de os ônibus transportarem diariamente um milhão de pessoas (40% da população da Capital), se fossem às ruas ao mesmo tempo só ocupariam 2% da malha viária. É o que conclui estudo feito pelo Diário do Nordeste, tendo como base a frota de veículos de 2013 (987.807) e a malha viária de Fortaleza (2.900 km).

Priorização
Há uma visível desigualdade no uso das vias. Mas, apesar de os dados mostrarem que são os automóveis, que muitas vezes transportam apenas uma pessoa, os grandes responsáveis pelos congestionamentos, observa-se, por parte do poder público, ações tímidas que insistem em priorizar o transporte individual em detrimento do coletivo e o privado em detrimento do público. A falta de incentivo ao uso de outros modais, e calçadas cheias de irregularidades, tornando-as intransitáveis, são outras questões que precisam ser priorizadas. Falta ainda um projeto de mobilidade que pense a cidade a longo prazo.

Para minimizar o caos instalado no trânsito, quais medidas deveriam ser tomadas? Na visão de Heber Oliveira, professor da Universidade de Fortaleza (Unifor) e doutor em engenharia de transportes, a saída é estimular, constantemente, o uso do transporte público com a restrição progressiva do transporte particular/individual. “O que se percebe são medidas paliativas e pontuais na malha urbana e em alguns equipamentos, notadamente para o atendimento de questões específicas dos deslocamentos gerados pela Copa do Mundo de 2014”, critica.
Ele acrescenta que é necessário que o poder público trabalhe efetivamente no sentido de tornar o sistema de transporte público mais confiável do ponto de vista do cumprimento de horários e percursos, além de proporcionar segurança, qualidade e oferta compatível com a demanda. Entre os fatores negativos acumulados ao longo dos últimos anos que levaram a esta realidade, cita o especialista, estão a falta de planejamento das políticas públicas voltadas ao sistema de transporte, a carência de melhorias no transporte público e a ausência de investimentos e desenvolvimento da infraestrutura urbana. Esse descaso, complementa, faz com que não se vislumbrem soluções, a curto e médio prazos, para os problemas de transporte de Fortaleza.

Forma urbana

Alexandre Costa, professor da Universidade Estadual do Ceará (Uece), comenta que a cidade é permeada pela lógica de abrir e alargar vias, construir túneis e viadutos, para comportar uma frota automobilística cada vez mais crescente. “É como você querer se safar de um problema de obesidade apenas alargando o cinto ou comprando uma calça de número maior, não resolve, vai sempre estrangular”, frisa.
Ele defende que deve-se pensar em uma mobilidade urbana baseada no transporte coletivo, metrô, na redução da frota de veículos e na abertura de ciclofaixas e ciclovias. “Precisamos é de um outro modelo de cidade”.

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